Mosquitos

Biologia

Mosquito e pernilongo são termos gerais para se referir a diversos insetos da família Culicidae. Como os outros membros da ordem Diptera, os mosquitos têm um par de asas e um par de halteres, que são estruturas responsáveis pelo equilíbrio do inseto durante o vôo.

Em geral, apresentam dimorfismo sexual acentuado: as fêmeas apresentam antenas pilosas e são muito mais corpulentas que os machos, que apresentam antenas plumosas. As fêmeas na maioria das espécies de mosquitos são hematófagas, ou seja, sugam sangue de outros animais, o que lhes deu a fama de serem os mais mortíferos vetores de doenças conhecido pelo o homem, matando milhões de pessoas ao longo de milhares de anos.

O comprimento varia, mas raramente é superior a 16 milímetros, e peso de até 2,5 mg. Um mosquito pode voar por 1 a 4 horas continuamente até 1–2 km / h , viajando até 10 km em uma noite. A maioria das espécies alimenta-se no período de menos luminosidade, do entardecer ou amanhecer.

Hábitos Alimentares

Nos chamados mosquitos, a probóscide (tromba) está adaptada para a sucção de líquidos como néctar, seiva ou sangue. Ambos os sexos se alimentam de néctar, mas a fêmea também podem praticar hematofagia (beber sangue). Fêmeas não precisam de sangue para sobreviver, mas precisam de substâncias suplementares (como proteínas e ferro) para o desenvolvimento e postura dos seus ovos, menos a sub familia Toxorhychitinae que é constituida de larvas predadoras.

Cópula

Varia entre as espécies de pernilongos, alguns a realizam com a fêmea em repouso e em outras as fêmeas são fecundadas durante o vôo ou em enxame de machos. Existe uma compatibilidade entre genitálias da mesma espécie por isso o cruzamento acontece entre organismos da mesma espécie. O acasalamento acontece entre 24 e 48 horas depois da emergência do adulto.

Comportamento

Cada espécie de mosquito apresentará comportamento próprio, quanto à escolha de hospedeiros para alimentação, abrigos, locais para colocar seus ovos etc. Além do organismo, fatores externos influenciarão as atividades do culicídeo na busca pelo alimento, por exemplo, abaixo de 10°C esse inseto praticamente não voa, o que também é influenciado pela luz já que se pode observar que há espécies que picam durante o dia e outras que realiza suas atividades durante a noite. Os adultos vivem cerca de um a dois meses no verão e até seis meses no inverno. Essa sobrevida, entretanto, pode ser diminuída quando o mosquito está infectado.

Atração dos Mosquitos

Além da visão, esses dípteros, mais precisamente as fêmeas são atraídas por substâncias emanadas pelo hospedeiro como o CO2 (respiração) e o ácido láctico.

A atração aos indivíduos que sofrerão a picada é feita por meio da combinação de estímulos, como visual (silhueta), olfativo (ácido láctico, CO2, octenol), correntes de convecção (temperatura e umidade).

É durante a picada que o mosquito, injetando a saliva infectada, transmite doenças como dengue e malária ao hospedeiro.

Ciclo de Vida

O ciclo de vida dos mosquitos é dividido em Ovo, Larvas, Pupa e Adultos. Esse ciclo é chamado de desenvolvimento holometábolo o que quer dizer um desenvolvimento completo, não apresentando, portanto um mosquito que do “filhote” se transforma em adulto.

Ovo

A fêmea do mosquitos põe seus ovos, um de cada vez ou juntos em jangadas com uma centena ou mais ovos, numa superfície fresca ou quaisquer águas estagnadas. Os mosquitos Anopheles e Aedes não fazem jangadas, mas põe seus ovos separadamente. Culex, Culiseta e Anopheles põe os seus ovos na água enquanto o Aedes põe seus ovos em solo úmido que é periodicamente alagado pela água. A maioria dos ovos eclodem em larvas em cerca de 48 horas.

Larvas

Os ovos incubados transformam-se em larvas que vivem na água, próximo à superfície, para respirar o ar atmosférico. A primeira fase larval é conhecida como o primeiro estágio. Com o crescimento ocorrem as mudas, cerca de quatro vezes, onde a larva cresce após cada muda. Após a primeira muda ocorre o segundo estágio e, em seguida, o terceiro estágio, depois o quarto. A maioria das larvas utiliza o sifão, que é um tubo ligado à superfície da água para respirar. As larvas Anopheles não têm um sifão e por isso, se mantém paralelas à superfície da água.

As larvas comem microrganismos e matéria orgânica na água. Elas podem viver na água de 7 a 14 dias, dependendo da temperatura. O comprimento das três primeiras etapas (ou estágios) depende da espécie e da temperatura, sendo que com temperaturas mais baixas, há o aumento da duração da fase de desenvolvimento. O habitat das larvas varia de grandes porções de água, tais como pântanos, arrozais até porções temporárias menores de água, tais como piscinas, poças e valas. Uma variedade de ambientes proporcionam um habitat adequado para as larvas, como tocos de bambu cheio de água, bromélias, plantas carnívoras, axilas das folhas de banana, abacaxi e outras plantas.

Pupa

As pupas são mais leves que a água e flutuam sobre a superfície enquanto ocorre a metamorfose da larva em um mosquito adulto em cerca de dois dias. Não apresentam boca e durante este período, o mosquito não se alimenta e utiliza as reservas de energia acumuladas durante o período larval.

As larvas comem microrganismos e matéria orgânica na água. Elas podem viver na água de 7 a 14 dias, dependendo da temperatura. O comprimento das três primeiras etapas (ou estágios) depende da espécie e da temperatura, sendo que com temperaturas mais baixas, há o aumento da duração da fase de desenvolvimento. O habitat das larvas varia de grandes porções de água, tais como pântanos, arrozais até porções temporárias menores de água, tais como piscinas, poças e valas. Uma variedade de ambientes proporcionam um habitat adequado para as larvas, como tocos de bambu cheio de água, bromélias, plantas carnívoras, axilas das folhas de banana, abacaxi e outras plantas.

Adulto

Apenas a fase de adulto é terrestre todas as demais fases se passam em ambiente aquático. Os adultos recém emergidos do estado de pupa devem repousar sobre a superfície da água por um curto espaço de tempo para permitir que o seu exoesqueleto seque e todos os seus componentes endureçam antes que possa poder voar.

Doenças Transmitidas por Mosquitos

Maleita ou Malária

Um plasmódio que é transmitido por algumas espécies de Anopheles. A maioria desses insetos possui hábito noturno, ou seja, as fêmeas vão em busca do sangue nesse período, durante o dia ficam abrigados protegendo-se do excesso de luz e vento.

Dengue

Causada por um vírus e transmitida por Aedes aegypti e por outras espécies de Aedes. Seu nome se deve ao fato de ter sido originalmente descrito do Egito, foi “distribuído” pelo homem através de embarcações, trens entre outras formas. No Brasil está sempre próximo ao domicílio humano, raramente em ambientes silvestres.

Sua importância se dá ao fato de ser transmissor da Febre Amarela e Dengue. Para se procriar procura recipientes artificiais que se enchem de água de chuvas quando abandonados a céu aberto, esses recipientes podem ser caixas d’água, pneus, latas, vasos, piscinas e aquários abandonados etc., sendo que procuram por água limpa. Ovos desse mosquito quando colocado sob as paredes de recipientes podem resistir sem água por muitos meses, portanto quando cheios novamente pela água da chuva, por exemplo, tem-se um novo ciclo se formando.

Filariose

Causada por um verme que é transmitido principalmente por espécies de Culex, Conhecido como “pernilongo comum”, esse mosquito é o principal vetor da filariose humana, conhecida também como elefantíase . As filárias têm o corpo fino e alongado. Elas são transmitidas para o homem através da picada do Culex (quando este está infectado), nesse momento as larvas das filárias caem no sangue do homem que é o hospedeiro definitivo, onde irão se reproduzir. Os adultos desses parasitas ficam no sistema linfático e as suas larvas circulam por todo o corpo. Causam feridas e inflamações, chegando a causar hipertrofia no local da ferida.

Leishmaniose

A leishmaniose é uma doença não contagiosa causada por parasitas que invadem e se reproduzem dentro das células que fazem parte do sistema imunológico da pessoa infectada. Esta doença pode se manifestar de duas formas: leishmaniose tegumentar ou cutânea e a leishmaniose visceral ou calazar. A leishmaniose tegumentar ou cutânea é caracterizada por lesões na pele, podendo também afetar nariz, boca e garganta (esta forma é conhecida como “ferida brava”). A visceral ou calazar é uma doença sistêmica, pois afeta vários órgãos, sendo que os mais acometidos são o fígado, baço e medula óssea. Sua evolução é longa podendo, em alguns casos, até ultrapassar o período de um ano.